24.7.07

Todos no mesmo barco, então rema, porra!

5ª edição, 11 de maio de 2007

Sexta-feira, 11/05/2007: o Boca do Inferno chega à sua quinta edição após ter gerado muita polêmica acerca do conteúdo publicado durante essa semana. Fomos acusados de atos precipitados, de irresponsabilidade, de generalização e de lavar a roupa suja fora de casa. Apontaram-nos como jornalismo marrom e anti-ético. O BI é um manifesto político, fruto da indignação, e não um mero informativo reprodutor de técnicas. O objetivo é mesmo provocar e gerar um debate sobre as condições precárias do nosso curso. O Centro Acadêmico de Comunicação Social Gregório de Mattos não poderia se omitir e compactuar com esse descaso, definitivamente não somos devotos do mito da imparcialidade.

Diariamente nossos professores nos “presenteiam” com a passividade. Na reunião desta quinta, 10/05, Salão do Júri, compareceram apenas quatro professores, a MINORIA, Ana Claudia (que não pôde permanecer por motivos pessoais), Anaelson Leandro, Carmen Carvalho e Marcus Lima. Os demais justificaram antecipadamente a ausência. O que surpreendeu foi o argumento do “pai do curso”, professor José Duarte, que afirmou não adentrar em território inimigo, transformando o curso em um campo de batalha entre alunos e professores.

Passiva é, também, a MAIORIA dos nossos colegas, que não se fizeram presentes mais uma vez nas discussões. Basta de reclamações só pelos corredores, é preciso ocupar os espaços de debate!

Foi com o objetivo de gerar o debate sobre os nossos problemas que CONVOCAMOS (Convocar é chamar, convidar, reunir ou constituir) os nossos professores. O termo, um simples detalhe, não agradou aos ilustres convidados que alegaram não ter a obrigação de estar lá e de terem ido por livre e espontânea vontade. Não ter obrigação de estar lá? Se professores e alunos não se sentirem na obrigação de buscar soluções para essa pasmaceira, quem se sentirá?

O papel do Colegiado é, depois desta reunião, uma grande incógnita. Após a exposição de inúmeros problemas, percebemos que nenhum parece ser de responsabilidade desta instância. Então, é o Departamento o salvador do curso e solucionador dos nossos problemas? Até parece...

O respeito à opinião alheia foi praticamente inexistente (pasmem!), por parte dos professores. Por não saberem lidar com críticas, dois deles se retiraram da reunião. O primeiro foi o professor Marcus que saiu durante a fala do estudante Álvaro Abreu, na qual defendeu que todos os docentes de Comunicação são cúmplices desta situação. A professora Carmen se retirou durante a discussão sobre a Reforma Curricular por não aceitar a opinião do estudante Lucinei Santana que afirmou não admitir a ausência dos estudantes na “construção” da Reforma. A discussão foi inviabilizada por restar apenas o coordenador do curso Anaelson Leandro. Mas, oportunidades virão.

Reunião lamentável, situação lamentável. Por hora, seguimos adiante com um misto de sensações antagônicas: tristes e felizes, felizes por não fecharmos os olhos, tristes por tentarem tapar o sol com a peneira. O Boca do Inferno prossegue com suas “traquinagens”, afinal, estamos todos no mesmo barco. Então, rema porra!

Nenhum comentário: