24.7.07

O que está por trás da atual situação dos laboratórios de comunicação?

2ª edição, 8 de maio de 2007

Estudantes do curso de Comunicação estiveram ontem em peregrinação pela Uesb com uma lista enorme de reivindicações. Após ocupar a reitoria ao som de um jingle bastante explicativo, “impresso sem impressora, sala sem professora, sou eu assim a mercê, laboratório sem ilha, gravador sem pilha, sou eu assim a mercê, não dá mais pra viver assim...”, os estudantes exigiram do chefe de gabinete, Paulo Roberto, uma reunião imediata com o reitor, Abel Rebouças, que se encontrava na universidade. A conversa se estendeu por mais de uma hora, e como já era esperado, o clima foi de passividade.

Os estudantes, indignados, relataram os principais problemas do curso, tais como as atuais condições dos laboratórios, o reitor parecia desconhecê-los. Onde estava a comunicação?

Ilha de edição sem funcionar por causa de uma peça!Laboratório de Impresso sem IMPRESSORA (e sem papel...)! Reforma do laboratório de rádio parada! Computadores do Laboratório de rádio sem condições de uso! UMA câmera filmadora no Laboratório de Telejornalismo (como é que pode?!). Poucos gravadores, sem pilha e sem fita, a disposição dos alunos (e nem são nossos!). Laboratório de Rádio não tem técnico específico! Uma câmera digital (sem instrutores para nos auxiliar). Técnicos sem reajuste salarial há SETE anos. Laboratório de Rádio sem telefone. Faltam fitas pra a realização de filmagens. Como vamos prosseguir com as nossas atividades? Que tipo de jornalistas seremos? E olha que a teoria nem foi citada aqui!

O diretor do DFCH, Sidiney Alves, foi procurado pelas bocas do inferno, e olha o que ele disse: “se as reivindicações passassem pelo Departamento, seriam encaminhadas”. Ele ainda acrescenta que quando UMA reclamação foi feita em reunião do departamento pelos professores da área de comunicação, tentou-se marcar uma audiência com a gerência administrativa, mas até hoje... Será que esses problemas são tão insignificantes para tamanho descaso?

Os alunos do curso acreditam que não. “O semestre está acabando e a realização de nossas atividades finais é inviável”, afirma a aluna frustrada da disciplina de Telejornalismo II, Thianna Maria, do VI semestre. Quem faz Radiojornalismo tem reivindicações parecidas, segundo Gisele Rocha a utilização do laboratório está submetida à disposição de um técnico emprestado pelo Surte. Para Cristiano Anunciação, do IV semestre, a disciplina de Impresso vem sendo prejudicada pela ausência de uma simples impressora, “a impressora é um dos equipamentos mais necessários, pois precisamos imprimir os textos prontos para correção”.

O colegiado do curso se encontra fechado no turno matutino por falta de funcionário (olha que piada)! Nem o coordenador ou o vice foram encontrados para nos conceder uma palavrinha sobre tamanha confusão. E parece que essa ausência de postura crítica e atuante por parte desse setor não é nenhuma novidade. Sem a atuação da maioria dos professores da área e com a falta de conhecimento do Departamento... Quem lutaria por nós se não nós mesmos?

Mas nem todos reconhecem a importância do apitaço, de cantar um jingle, de distribuir panfletos e levantar cartazes. A manifestação a todo vapor e teve gente que preferiu ir para casa, sentar e esticar as pernas. Para alguns, o rei está muito bem vestido! Dessa maneira, esses nossos “companheiros” vão colaborando com essa formação medíocre que estamos recebendo.

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