28.8.07
Carta do Get Movimento de Base
23.8.07
Aplaudam os medíocres, medíocres!
Há três meses atrás, o campus de Vitória da Conquista vivia agitado com a possibilidade de deflagração da greve. Greve docente no governo Wagner? Será que isso vai dar certo? Muitos se perguntavam. Alguns diziam que greve e governo do PT tinham tudo a ver. Não tinha como dar errado e as negociações iriam avançar. Mas o que aconteceu...
Quem acompanhou sabe que a afirmação acima não correspondeu nem por um segundo a realidade. Muito pelo contrário. O governo se mostrou indiferente às reivindicações; o secretário de Educação foi desautorizado a negociar com a categoria; reuniões foram canceladas sem aviso prévio e as que aconteceram foram totalmente improdutivas. Daí pra frente tudo só piorou, salários foram cortados e o governo não queria sequer marcar reuniões de negociações. Tá na cara: novo governo, velhas práticas.
Entrar na greve não foi uma decisão fácil, sair desta não pareceu ser uma decisão muito difícil. Aliás, para nós, presentes na assembléia que decidiu pelo fim da greve, pareceu mesmo que os contrários só estavam esperando que a assembléia fosse realizada em Jequié para dar um fim à greve.
Omissão foi a palavra que definiu grande parte da categoria docente de Vitória da Conquista. Muitos não foram às Assembléias nem para se abster. Vergonhoso!
Declarado o fim, pareceu que todo o movimento foi inútil. Sair da greve sem conquistar NADA (nada, mesmo!) só conseguiu reafirmar a posição daqueles que acreditavam que greve só serve para atrasar o semestre, adiar a formatura, atropelar o conteúdo, cortar o salário, acabar com as férias, e blá blá blá...
E existe alguma coisa que soe mais como verdade agora do que esse blá blá blá? Talvez daí tenham vindo os aplausos dos estudantes do campus de Jequié, quando decretado em assembléia o fim da greve. Mas, não vamos nos enganar. Não temos agora, como nunca tivemos, motivo algum para aplaudir e sim para lamentar.
A greve foi um direito conquistado pela classe trabalhadora, sendo o maior instrumento de luta. Portanto, não será a PELEGAGEM (I, II, III...) que a destruirá.
Até 2008!!!
22.8.07
Direito à Comunicação
Conheça o site Observatório do Direito à Comunicação, é uma ótima dica para nós estudantes e futuros profissionais da área.
http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/index.php
8.8.07
Greve chega ao fim na Uesb
A assembléia da Adusb desta terça-feira (7/08), realizada em Jequié, decidiu pelo retorno às aulas após mais de dois meses em greve. Os principais motivos da saída foram questões financeiras: corte dos salários, fundo de greve zerado e a CrediUesb sem poder conceder mais empréstimos.
Durante a avaliação os professores cobraram mais compromisso com a luta e garantiram a manutenção das mobilizações. Uns apontaram a greve como estratégia falida, outros como único recurso. No fim, os 45 votos pela manutenção foram vencidos pelos 62 contrários - mesmo sem avanço nas negociações, sem reunião com o governo ao menos prevista e com o processo para garantir o pagamento dos professores em fase de julgamento.
A oficialização do retorno às salas de aula será feita na sexta (10/08) durante um ato público em Salvador, quando também acontecerá mais uma reunião do Fórum das AD's.
Na mesma tarde aconteceu a assembléia da Adufs e a categoria decidiu manter a greve na Universidade Estadual de Feira de Santana.
6.8.07
Cegos no tiroteio
A poucos dias para o fechamento do PPA (dia 31 de agosto) as secretárias ainda estão disputando a inclusão de programas e ações junto à Secretaria de Planejamento, responsável por organizar o Plano final. Um exemplo disso é o Programa de Assistência Estudantil, que a Coordenadoria para o Desenvolvimento do Ensino Superior - CODES, não consegue incluir como um programa, mesmo a educação sendo uma prioridade (não era esse o discurso?!)
A cesta de idéias do povo é grande, são “mais de 10 mil propostas”, segundo o jornalzinho do governo. O que preocupa é que, conforme as coisas vão caminhando, o PARTICIPATIVO é só mais uma manobra para construir uma imagem de governo democrático e preocupado com as causas populares, reabertura da Cesta do Povo e o TOPA que o digam. O que pode se esperar de quem topa tudo por uns votos na próxima eleição? Afinal não podem vacilar, quem mora na Bahia sabe que, quem morreu foi ACM e não o carlismo...
4.8.07
Na Caros Amigos de Agosto
Quem é Renan Calheiros?
O repórter João de Barros retraça a trajetória do senador Renan Calheiros, de menino pobre a envolvido em escândalo de corrupção.
Caros Amigos tem um novo colunista: Fidel Castro
De pouco tempo para cá, Fidel Castro passou a pôr no papel e na imprensa cubana o que chamou de Reflexões, abordando os mais variados temas. Vendo isso, resolvemos fazer uma consulta a Cuba: Caros Amigos seria autorizada a publicar um texto de Fidel mensalmente e considerá-lo seu colunista? A resposta foi positiva. Estreamos com o texto intitulado “O Brasil Substituto dos Estados Unidos?” - onde o presidente fala sobre a “deserção” dos atletas cubanos no Pan do Rio. Bem-vindo a nossas páginas, escritor Fidel Castro!
Também em agosto:
José Arbex Jr. e Danilo Siqueira entrevistam o professor de filosofia Paulo Arantes. E João Pedro Stedile relembra o geógrafo e pensador Milton Santos.
E mais:
- O repórter Marcelo Salles conta o que viu no Complexo do Alemão: trabalhadores mais assustados com policiais do que com bandidos.
- Renato Pompeu discute a escravidão na China.
- Guilherme Scalzilli relata as reações ao cancelamento, pelo governo venezuelano, da licença de operação da RCTV.
- Georges Bourdoukan revela o que a mídia grande não deu sobre a invasão do Líbano.
3.8.07
E o PAN...
Para aqueles que não foram convencidos pela Globo e cia ltda, saiba o que aconteceu no PAN do Rio:
http://www.averdadedopan2007.blogspot.com/
Vale a pena conferir.
2.8.07
Wagner é vaiado na Assembléia
Correio da Bahia - 02/08/2007
Depois das vaias que tomou durante o desfile cívico do 2 de julho, ontem foi a vez dos professores das universidades estaduais em greve vaiarem o governador Jaques Wagner (PT) em plena Assembléia Legislativa. Impedidos por seguranças e policiais militares de entrar no Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães, os docentes gritaram indignados, exigindo o pagamento dos salários referentes aos dois últimos meses. Os vencimentos foram suspensos por conta da greve deflagrada pela categoria há 62 dias. Mesmo com a Justiça determinando, através de liminar, o pagamento dos vencimentos, o governo até o momento se recusa a negociar.
Wagner esteve na Assembléia, pela manhã, antes da reabertura dos trabalhos no segundo semestre, para lançar o programa Transparência Bahia. A iniciativa permite ao cidadão acompanhar e fiscalizar, on-line, as ações governamentais. Estão disponíveis informações relativas a receitas e despesas, observando os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), incluindo os gastos com educação e saúde e os pagamentos feitos aos fornecedores e prestadores de serviço. Apesar da iniciativa positiva, elogiada até pela oposição, o petista não escapou das críticas dos docentes.
Depois de “recepcionar” o governador, que acenou de forma tímida, entrou no carro e saiu rapidamente, o grupo de professores se dirigiu para o lado do prédio, onde organizou uma feijoada. Depois do almoço, os grevistas distribuíram entre os deputados uma carta que explicava a situação e solicitava o apoio parlamentar.
O presidente da Associação Docente da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb), Cristiano Ferraz, alegou que o impasse foi criado pelo governo do estado, a partir do momento em que se recusa a apresentar alguma proposta. “O governo vira as costas para as universidades, para os alunos e para os projetos de pesquisa que estão paralisados”, criticou Ferraz. Aldri Castellucci, diretor da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), considerou que o governo vem tratando com descaso a educação superior na Bahia. “Os prejuízos causados à sociedade têm sido por culpa do governo que se recusa a negociar”, reforçou.
Segundo ele, nas dez reuniões que foram realizadas ao longo dos dois meses de greve, o governo baiano não apresentou nenhuma contraproposta. “Querem apenas que acabemos a greve e que tenhamos calma e paciência. Assim é impossível”, diz Castellucci. Ele garante que a categoria gostaria muito de pôr fim à greve, mas para que isso aconteça, disse, é necessário que o governador Jaques Wagner se posicione.
As últimas duas reuniões deveriam ter ocorrido nos dias 24 e 31, mas foram suspensas pelo governo do estado. A próxima rodada de negociação acontece na mesa setorial da educação superior, segunda-feira, na Secretaria de Educação e Cultura (SEC). Enquanto perdura o impasse, cerca de 18 mil estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e da Uesb permanecem sem aula.
Revoltada, a coordenadora do Fórum das Associações Docentes, Maslowa Feitas, não admite que o governo se recuse a resolver a questão, alegando que o problema na educação existe há 40 anos e não tem como ser solucionado de forma imediata.