20.10.07

Bem longe do fim...

13ª edição

É minha gente a gestão Malungos do CACS Gregório de Matos chegou ao fim... E o Boca do Inferno, informativo desta gestão vai se despedindo da entidade também. Os malungos prosseguirão com esse inflamado manifesto. Motivos para não deixar calar a nossa voz (infelizmente) não nos faltam.

Só para refrescar a memória dos leitores, nós iniciamos esse trabalho devido a bagunça do curso de Comunicação da nossa Uesb. A partir daí os temas abordados foram os mais diversos sempre de maneira CRÍTICA e IRREVERENTE. Alguns amaram, outros odiaram, mas isso é comum quando se marca uma posição, especialmente aqui no curso de jornalismo, onde descobrimos que a livre expressão não é muito bem vinda!

Títulos provocativos, textos/desabafo, posicionamentos claros e destemidos geraram conflitos entre nós e professores (o Boca foi até ponto de pauta do DFCH). Fomos acusados de irresponsáveis, de fazer jornalismo marrom, por colocar no papel o que era evidente, mas ninguém tinha coragem de dizer!

É assim que chegamos a nossa 13ª edição, realizados por ver que o Boca tem surtido efeito, os estudantes que antes mal se manifestavam lideraram até caravanas para discutir os temas abordados na última edição e o coordenador do colegiado disse que poderiam até usar a Lei de Imprensa contra nós, mas só pra esclarecer, o Boca não é, nunca foi e nunca quis ser um jornal, mas sim um MANIFESTO! E que fique claro, um manifesto de TODA a coordenação do centro acadêmico.

Continuaremos então nos manifestando, doa a quem doer, pois foi assim que sentimos as grades que nos prendiam (e que não eram poucas!) e fizemos com que outras pessoas também sentissem. Sabemos que ainda não conseguimos nos libertar de todas as grades e que muitas surgirão, por isso não vamos parar.

Navegar é preciso...

Durante a gestão Malungos, do Centro Acadêmico Gregório de Matos, descobrimos que nem todos os mares são fáceis de navegar, mas todos são navegáveis. Estávamos na praia admirando quão belo era o mar, suas ondas, seu azul e sua força. Foi quando aceitamos o desafio de entrar juntos, TODOS NO MESMO BARCO. E seguimos viagem rumo ao oceano, mas logo no início do percurso descobrimos que só a bordo é possível conhecer verdadeiramente os segredos do mar, seus monstros, tempestades e ventos tortuosos.

Dessa forma transcorreu a nossa gestão. Nossa chapa teve em seus integrantes um espírito crítico, combatente e inquietante que ansiava por mudanças. Cada um do seu jeito, com suas posições, seu perfil, mas com um único desejo: melhorar o nosso curso e fazer a diferença. Destacamos aqui, nessa despedida da entidade, uma despedida que foi infinitamente mais difícil a do nosso AMIGO DIEGO, eterno Malungo que sempre nos levou a refletir com seus comentários fortes, politizados e críticos. As saudades são angustiantes e eternas. Entrar na sede, hoje com seu nome, sempre nos dá um nó na garganta, aquele aperto no peito e a sensação de estar em um barco diferente, que nunca mais será o mesmo.

No início os projetos e sonhos eram muitos, mas logo descobrimos que os problemas existentes eram ainda maiores. Talvez, olhando para o movimento estudantil de Comunicação, nós estejamos sendo repetitivos, mas vamos lá: assembléias esvaziadas; verdadeira e triste indiferença por grande parte da nossa base; uma administração que sempre emperra; um colegiado que a cada reunião nos trazia mais problemas do que as tão esperadas soluções (poucas vezes encontramos apoio e incentivo por parte dos professores do curso); greve docente e por aí vai, essas foram algumas das ondas que insistiam em virar o nosso barco.

Mas, remando contra essa maré (e como remamos...) conseguimos reformar a nossa sede, botando toda sujeira pra fora; criamos um caixa extra que facilitou nossas atividades; desenvolvemos projetos de extensão que continuarão; quando já não suportávamos mais a apatia frente à desorganização do nosso curso, soltamos o nosso grito através do Boca do Inferno; provocamos debates importantes dentro do curso de jornalismo. Incomodamos a quem tentava emperrar estes objetivos de mudança.

Não conseguimos realizar tudo a que nos propusemos, mas este fato não nos abate de maneira alguma no dia de hoje. Somos conscientes agora, que dentro da coletividade, com toda a sua dinâmica, nós fizemos absolutamente tudo o que foi possível. Deixamos a entidade com orgulho do que fizemos por ela e para ela, principalmente, por que TUDO foi feito com DEDICAÇÃO, CARINHO E RESPEITO pelo curso de Comunicação Social da Uesb. Todas as nossas ações buscaram provocar para construir uma formação de qualidade para refletir na sociedade um jornalismo crítico.

Erros? Muitos, sem dúvida, somos seres humanos. Mas, nenhum que nos faça baixar a cabeça ou ter vergonha dos nossos lemas. E é com estes lemas que gostaríamos de encerrar a nossa despedida, pois eles são mais do que isso, são mensagens, pedidos, conclamações... QUEM NÃO SE MOVIMENTA NÃO SENTE AS GRADES QUE O PRENDEM, e não esqueçam: ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO.

Centro Acadêmico de Comunicação Social Gregório de Mattos

Gestão Malungos, 2006-2007

11.10.07

Edições especiais

CHE (outubro)
Esta é a quinta edição especial que publicamos sobre Che Guevara.Só que dessa vez trazemos material novo (imagens e texto) que não consta das edições passadas.

A maioria dos trabalhos jornalísticos, publicados fora de Cuba sobre o Che, cuidam mais de suas ações do que de suas idéias. Esta edição procura mostrar que, além de exímio combatente, ele era, apesar da pouca idade, um intelectual de futuro tão grandioso como o do guerreiro que fez história.

AQUECIMENTO (setembro)
A busca de soluções para o problema do aquecimento global é o tema desta edição especial de Caros Amigos. Fomos atrás de quem está estudando e trabalhando por soluções e mostramos que apesar das previsões sombrias para o amanhã ainda podemos evitar o pior.

A ILHA (agosto)
Na verdade, por mais por mais que no Brasil jornais e revistas grandes, mais a televisão, não percam uma única oportunidade de tentar desmoralizar Cuba, desferindo ataques até ferozes contra suas instituições, o visitante que tenha sensibilidade trará de lá a lembrança de um povo forte e culto, merecedor do respeito que conquistou por seus próprios esforços e pelo amor ao próximo. Um povo solar.

Nossa dupla de jornalistas, procura transmitir a fibra do cubano diante de qualquer adversidade e para as quais dedica a seguinte legenda: “Para mim, depois desta viagem, heróis não são apenas Fidel e Che. Na Cuba de hoje são 11 milhões de heróis.”

4.10.07

Olha a feira...

12ª edição
Quem vai levar essa batata quente???,

Depois de um tempinho longe de vocês, o Boca do Inferno tem um bom motivo para estar de volta. No próximo dia 10, ocorrerão as eleições para a direção do DFCH - Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - onde estão lotados professores de diversas áreas, inclusive os de Comunicação. A convocação dessas eleições, neste momento, se deve ao fato de que o último diretor, professor Sidney, entregou o cargo jogando a batata-quente para o próximo (in)felizardo.
E que batata, meus amigos! A fama do DFCH ecoa pelos corredores da Uesb como um dos departamentos mais problemáticos da universidade, não vamos citar aqui o porquê desta fama, já que nosso modesto espaço não permite. Porém, mesmo sabendo o que as espera, duas chapas estão inscritas como candidatas. E, para a nossa surpresa, uma delas é formada por DOIS professores do curso de Comunicação! Entretanto, a essa altura, dia 04/10, ainda desconhecemos as propostas dessa chapa, que não manifestou suas pretensões e idéias para o departamento.
E sejamos sinceros, o curso está cheio de pepinos! Nós acreditamos que antes de tentar descascar os abacaxis do departamento, os nossos professores deveriam se UNIR para solucionar os problemas internos. Há anos, o Colegiado e a Área usam os famosos jeitinhos para varrer toda a sujeira do curso para debaixo do tapete. Só que já há uma montanha enorme! Que bom seria se a disposição para enfrentar essa campanha se voltasse para a tão esperada faxina...
Um grande porém da chapa 1, formada pelos professores Marcus Lima e José Duarte, é o fato de restringir a diretoria à área de comunicação. Existe também o agravante de o candidato a diretor ser um professor recém-chegado a este departamento. Não estamos questionando a competência do referido professor, mas sim a sua pouca vivência dentro do colegiado. Como solucionar problemas históricos sem sequer conhecê-los bem?
Diante dos fatos expostos, manifestamos o nosso apoio, quanto entidade representativa, à chapa 2, Ética e gestão democrática, por acreditar que os professores que a compõe reúnem as qualidades necessárias para o atual momento pelo qual o Departamento passa. Eles não estão atrelados a nenhum curso específico e já demonstraram, inclusive no decorrer da campanha, comprometimento e organização (características imprescindíveis para frear a atual baderna do DFCH), e, acima de tudo, apresentaram propostas que visam organizar e ao menos cumprir as reais funções a que se destina o Departamento.

Filme!


Galera, no dia de combate à maneira como vem sendo tratada pelo governo as concessões, não por coincidência o mesmo dia em que as principais TV's terão suas concessões renovadas sem ao menos a opinião da população, movimentos sociais do Brasil inteiro estarão manifestando repúdio a esta prática. Aqui na Uesb, o Centro Acadêmico de Comunicação Social e o Diretório Central dos Estudantes irá se manifestar com uma nota (figura) e exibição do filme MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE, que conta a história da Rede Globo e o que há por trás da sua formação. Apesar de ser um filme de 93, é bastante atual, ou o único que denuncia o monopólio e as relações existentes dentro da Globo. O filme foi produzido por uma rede britânica e desde que surgiu é proibido (censurada, para quem prefere) no país. O filme será exibido

às 18h no salão do júri, segundo andar do módulo 2 de aulas. Participem.