24.7.07

Não tenho vergonha na cara, faço comunicação na UESB

3ª edição, 9 de maio de 2007

Muitas reclamações foram feitas acerca das questões colocadas na edição anterior desse informativo, como a falta de compromisso e responsabilidade por parte dos professores de comunicação. Teve quem disse que estávamos lavando a roupa suja fora de casa, tornando público nossos problemas e sendo precipitados. Se isso não é uma tentativa de censura é no mínimo uma grande contradição. Cadê a tão pregada liberdade de expressão ensinada em sala de aula? E o papel do Jornalismo não é tornar público os fatos? E nós não estamos numa instituição pública? Reconhecemos que há esforço por parte de alguns, mas sem dúvida a carapuça serviu mesmo para a maioria e respostas não foram dadas.

A reunião de ontem com o reitor conseguiu o que as reuniões de colegiado e área não conseguem nunca. Aglomerar os professores para discutir os problemas do nosso curso. Alguns desses problemas eram muito simples. Bastava um pouquinho de insistência e boa vontade, né? A compra da impressora para o Laboratório de Impresso foi solicitada e outros encaminhamentos já estão sendo dados para atender as reivindicações emergenciais dos ALUNOS, melhorando assim, o funcionamento dos outros laboratórios. Nós que já estamos calejados, só acreditaremos quando as soluções se apresentarem de forma concreta. Por enquanto, só palavras...

Estamos incomodados, e não é de hoje, com a lamentável situação do nosso curso. Despertamos novamente após um longo período de acomodação, acomodação essa que não condiz com a postura de um universitário, que dirá com a de um futuro jornalista. Apesar da importância do movimento, ainda é mais fácil encontrar colegas dispostos a aceitar do que a lutar. Perdemos o caráter militante e ficamos à mercê da atuação dos maiores “responsáveis” pelo funcionamento do curso, os quais nos submeteram à pífia participação de somente aceitar as atuais condições. Aulas não foram dadas, professores desapareceram, laboratórios com diversos problemas e nós andávamos mais do que passivos.

Agora que conseguimos nos fazer ouvir, estamos sendo surpreendidos pela forma como as coisas podem ser solucionadas. Bastava tentar resolver, seguir todos os trâmites legais possíveis e não cruzar os braços diante de um primeiro não. Isso poderia ter evitado que certas questões chegassem à reitoria. Eis a discrição do curso de Comunicação Social no site da UESB: “(Habilitação em Jornalismo) - Bacharelado - Matutino - 40 vagas - Vitória da Conquista - Autorizado pela Res. CEE-083/97 DOU 24/12/97. Formar jornalista para o trabalho com a produção de bens simbólicos (notícias, reportagens etc.) e que, através do domínio de linguagens e técnicas específicas, elabore interpretações da realidade, atuando tanto nos meios de comunicação de massa convencionais (rádio, jornal e TV) quanto nos mercados emergentes no campo da comunicação institucional (assessoria de imprensa), com perfil intelectual, ético e técnico adequado às exigências qualificativas que a modernidade impõe à atividade jornalística.” Pouco disso corresponde a nossa formação atual. Mas mesmo assim estamos aqui. É duro reconhecer: NÃO TEMOS VERGONHA NA CARA, FAZEMOS COMUNICAÇÃO NA UESB!

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